Na crónica ‘Sem Preço’, a jornalista Catarina Nunes do Jornal Expresso escreve sobre espaços de estética, em Lisboa e em Cascais, que nascem ou crescem com a pandemia.
“Já por duas ou três vezes escrevi nesta coluna sobre o crescimento da procura de produtos e serviços de beleza, durante os dois confinamentos anteriores e nos intervalos de liberdade entre eles. Esta semana volto ao assunto porque a tendência não dá sinais de abrandar, mesmo com os números de infetados a aumentar e as medidas de confinamento a serem reforçadas.
O que começa por ser um fenómeno circunscrito aos cuidados de beleza em casa tem evoluído para a procura de tratamentos profissionais e até de cirurgias estéticas. O confronto diário e prolongado com a própria imagem, nas horas infinitas que passamos em videoconferência, é um dos aspetos que nos torna mais atentos e críticos em relação à aparência pessoal. A instabilidade emocional pandémica ajuda nisto, potenciando o mecanismo de compensação que nos leva a querer mudar alguma coisa no exterior quando não conseguimos estar bem interiormente.”
